Ao entregar mais uma, das inúmeras notas baixas de um aluno da faculdade, chamei-o de canto e perguntei: porque você nunca estuda para as provas? Porque você sempre chega atrasado e por quais razões você não parece nem um pouco preocupado? Ao que ele, sorridente e confiante, respondeu: Professor! Eu não preciso estudar. Eu sou criativo!!!
A vida de um professor está repleta dessas histórias. Contou-me uma amiga, professora também, que outro dia, em uma aula de matemática, do curso de Marketing e Vendas, uma aluna levantou-se e disse: "mas "prófi", eu comprei (sic) um curso de Marketing e Vendas, mas até agora não tive nenhuma aula sobre isso!" Ao que a professora respondeu: "como não? Você já teve disciplinas sobre marketing, planejamento, orçamento, estatística, mercado..."
"Então "prófi"! E eu ainda nem sei vender!!!"
A realidade é que eu percebo que tem muito aluno que não entende muito bem o que significa um Curso de Graduação. A vida universitária representa a primeira etapa da fase efetivamente adulta. A partir da faculdade os jovens já pensam (ou deveriam pensar) nos estágios, no futuro trabalho, mas principalmente em sua preparação intelectual e no início da construção daquilo que ele pretende ser enquanto adulto e profissional produtivo.
Mas é difícil competir. Há alguns dias uma grande editora lançou uma revista com nome de batom melado com sabor e brilhinho. Antes do lançamento, naturalmente foi feita uma série de comerciais. Me chamou a atenção o da TV, em que aparecia uma menininha linda, inteligente e estudiosa. A menina cresce, entra na faculdade e a primeira imagem que aparece é ela beijando loucamente na boca enquanto o namorado ou ficante ou sabe-se lá quem, vai levantando a blusa da moça embaixo da escada da faculdade, em plena luz do dia. Em seguida vem o slogan, "a revista para os melhores anos da sua vida". É evidente que o público a qual se destina está na faixa dos 18 aos 28 anos, ou seja, segundo o IBGE, uma faixa que representa cerca de 20 milhões de mulheres brasileiras. A maior parte das minhas alunas está nesta faixa, mas não acredito que elas representam o público-alvo, afinal, jamais vi alguma sendo malhada no corredor da faculdade enquanto tem sua blusa levantada sem escrúpulos.
O problema está na mania que a publicidade, os programas de TV e a mídia têm em tratar certos assuntos com superficialidade, valorizando o hedonismo, o consumo e a matéria, em detrimento da essência.
Outra propaganda que me chamou a atenção foi do lançamento de um carro. O slogan é: "Ou você anda na linha ou você anda no novo Vectra GT". Na mídia impressa, aparece a foto do veículo convidando o leitor a "sair da linha", traduzindo, comprar o carro, cujo valor está entre 60 e 78 mil reais. Curioso notar que embaixo do veículo existia uma espécie de box que incluia palavras como Pós-graduação, Mestrado ou coisas parecidas, o que para o pacóvio que a criou, supõe pertencer ao campo daqueles que andam na linha. Pensei comigo: ora, para ter 78 mil reais para gastar em um carro, penso que é preciso que o sujeito tenha andado muito "na linha" (leia artigo que publiquei abaixo para entender porque "andar na linha" dá dinheiro). Exceto para traficantes, ladrões ou membros do alto comando petista, além de mensaleiros em geral, deve ser bastante difícil dispor dessa quantia sem antes ter trabalhado muito e estudado idem. Um amigo, gerente de um banco, que gosta de carro e estudou bastante durante toda sua vida ficou indignado. "Não compro por causa da propaganda". Acabou ficando com um Volvo C30.
A despeito da forte campanha viral, das inovações técnicas e do "teaser" bem original, o conteúdo e a mensagem acabam sempre caindo naquela velha monotonia do "tipo assim, vamos curtir a vida pra c..." Chatinho isso. Como sempre, tudo bem superficial. Diferente da propaganda da Ford, cujo slogan de seu sedan de luxo é: "quem dirige um Ford Fusion fez por merecer". Esse faz mais sentido.
De qualquer forma este não é um post sobre propaganda, mas sobre como a propaganda pode ajudar a transformar as pessoas em gente cada vez mais sem graça.
Seja a propaganda do carro ou a revista, cujo primeiro número ofereceu mais de 400 dicas de beleza, ensinou como transar na casa dos pais sem dar bobeira, como juntar uma grana para ficar rica... enfim, segundo uma leitora que escreveu elogiando a publicação, "a revista tem tudo que uma mulher prescisa (sic)". Escrevendo assim, talvez ela precise, também, de algumas dicas de gramática. O pior de tudo é que muitos jovens, incluindo alunos meus, acreditam na propaganda e dessa forma juram que para ter sucesso basta ser criativo.
É verdade. Estudar pra quê? Vamos consumir!!!
sábado, outubro 27, 2007
Estudar é um Ótimo Investimento
autor: José Luis Poli
Desde pequeno, ouvimos de nossos pais “vá estudar”, e a frase ecoa em nossas cabeças como sinos insistentes em badalar. Na maioria das vezes, no entanto, nao processamos a real importância dessas palavras.
Na atualidade, esse continua sendo o tema de discussao de grandes veículos de opiniao nacional e, numa recente pesquisa, ficou provado que realmente vale a pena investir na educaçao.
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO SUPERIOR
Diante da crise do desemprego, existe um caminho para o crescimento, esperança, motivaçao e confiança! A resposta é: ALTA TAXA DE EMPREGABILIDADE, ou seja, aquele que possuir elevado nível de competencia, estiver informado do mundo dos negócios, buscar novos conhecimentos e estiver apto a assumir responsabilidades, mudanças, desafios e metas, será um profissional mais preparado para o mercado de trabalho.
Todo esse conjunto de atividades requer um planejamento pessoal e profissional, ou seja, um Projeto de Vida! Um recente estudo revelou que existe uma relaçao direta entre o grau de instruçao e o crescimento de remuneraçao.
As pessoas com maior grau de instruçao apresentam menor taxa de desemprego, principalmente aquelas vinculadas ao ensino superior, diferente daquelas com pouca instruçao que acabam por aceitar qualquer tipo de emprego, até o subemprego. De acordo com os últimos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, do IBGE, fica evidente o crescimento salarial relacionado ao estudo. Somente com uma graduaçao, diploma de um curso superior, seu salário já cresce 168%. Concluindo uma pós-graduaçao, seu salário aproxima-se dos 4 mil reais com mais 51% de aumento.
Esses números comprovam a necessidade de conhecimento e ensino. Isso influencia o aluno, mas numa visao macro, também o seu país. “Essa deficiencia provoca perda de competitividade do país em relaçao a economias com as quais disputa o mercado global. Ou seja, enquanto a educaçao brasileira nao der um salto qualitativo, o país continuará patinando” diz Alberto Rodriguez, especialista em educaçao do Banco Mundial a revista Exame de 27 de setembro de 2006. Entao voce se pergunta, por que o salário baixo?
Novamente a resposta: porque o brasileiro aprende pouco e se interessa pouco. Quem se interessar, estudar, pesquisar e se desenvolver vai ganhar mais, vai se destacar.
TEMPO MÉDIO DE ESTUDO
Nessa mesma matéria, o economista americano Edward Glaeser, professor da Universidade de Harvard e estudioso dos efeitos da educaçao sobre o desenvolvimento das sociedades afirma: “A educaçao é um dos motores do crescimento”.
O brasileiro estuda em média 5 anos, contra 11 do coreano, 9 do argentino e dez da maioria dos paises desenvolvidos. Se o brasileiro estudasse 12 anos como os americanos, a renda nacional seria mais que o dobro da atual.
TAXA DE ANALFABETISMO
Outra questao relevante diz respeito a Taxa de Analfabetismo. Enquanto países como a China e o México tem taxas em torno de 9,0% e 8,0% respectivamente, o Brasil apresenta 13,0%, índice extremamente alto para um país que busca competitividade mundial.
Cabe destacar alguns países com o a Rússia que apresenta 0,5% de analfabetos e o Canadá que erradicou esse problema tendo taxa de 0,0%.
PESQUISA DATAFOLHA
Uma pesquisa realizada pela Datafolha, revela que do perfil acadêmico dos entrevistados: 87% graduaram-se no ensino privado.
A pesquisa levantou dados com 161 executivos em empresas de grande, médio e pequeno porte, selecionadas por região e ramo de atividade para garantir a representatividade da amostra.
Esta pesquisa mostra ainda que, para 24% dos entrevistados, a maior ameaça a carreira é a desatualização.
Sem querer correr esse risco 30% já cursaram Pós-Graduação. Na Grande São Paulo verifica-se que o salário inicial médio de pessoas com formação de curso superior, varia entre R$ 1.375,00 e R$ 2.113,00 (Grande São Paulo). A seguir algumas profissões e salários consultados:
Analista Júnior................................R$ 1.727,00
Analista Econ. – Financ......................R$ 2.957,00
Analista de Sistema Jr....................... R$ 3.465,00
Assistente de Contabilidade.................R$ 2.113,00
Assistente de Exportaçao...................R$ 3.033,00
Chefia de Planej. Contr. Prod...............R$ 5.194,00
Supervisor de Marketing.....................R$ 5.245,00
Supervisor de Vendas........................R$ 4.399,00
Advogado Júnior..............................R$ 3.562,00
Editor Assistente..............................R$ 3.395,00
Enfermeira Hospitalar........................R$ 2.554,00
Engenheiro Civil Júnior......................R$ 2.730,00
Engenheiro Mecânico Júnior................R$ 3.300,00
Engenheiro de Produção....................R$ 4.198,00
Farmaceutico.................................R$ 2.058,00
Fisioterapeuta (hospitalar).................R$ 2.015,00
Psicólogo......................................R$ 1.375,00
Conclui-se entao que a pessoa ao fazer um bom Curso Superior, coloca-se frente a um mercado, cujo salário inicial é em média o triplo do seu investimento em mensalidades e materiais didáticos.
Além disso, existem benefícios adicionais para quem faz um curso superior como o networking, a inclusao social, a possibilidade de abrir um negócio próprio e a preparaçao para a vida de uma forma geral.
NETWORKING
A palavra networking é de origem inglesa, e significa rede de relacionamentos.
Ao fazer uma faculdade o aluno tem como benefício além do conhecimento adquirido, ampliar sua rede de amizades, o que lhe permite ter mais informação sobre o que ocorre em outras empresas tais como novidades de mercado, modernas técnicas de negócios, nível de salários, etc.
Uma pesquisa recente feita em várias universidades brasileiras apresentou entre outras curiosidades um grande número de jovens que acabaram conhecendo seu namorado ou namorada que por fim terminaram em casamentos. Assim, a faculdade acaba transformando vidas não só no campo profissional mas também no aspecto pessoal.
INCLUSÃO SOCIAL
A inclusao social é um processo para a construçao de um novo tipo de sociedade, através de transformaçoes nos ambientes físicos (espaços internos e externos, equipamentos, aparelhos e utensílios mobiliário e meios de transporte) e na mentalidade de todas as pessoas e, portanto, também do próprio portador de necessidades especiais.
Na educaçao, a inclusao destaca-se na oportunidade do acesso ao ensino superior. Algumas instituiçoes de ensino tem dirigido seus programas para isso e, entre as que se destacam, podemos citar a Anhanguera Educacional que tem conseguido equilibrar de forma eficaz a relaçao entre o custo da mensalidade com a qualidade do ensino.
Hoje, devido a esse pioneirismo, inúmeros jovens e adultos tem conseguido seus diplomas de cursos superiores e, com isso, incluir-se em grupos dos quais estavam distantes anteriormente.
NEGÓCIO PRÓPRIO
Por vocaçao natural ou devido as dificuldades financeiras geradas pelo sistema econômico nacional, o negócio próprio é uma maneira que o profissional encontra para garantir uma renda.
Possuir o ensino superior hoje, significa ter conhecimentos suficientes para o futuro empresário ingressar nesse mercado competitivo em um negócio próprio, com possibilidades reais de sucesso.
Como exemplo, temos o médico veterinário que pode abrir sua própria clínica, o advogado que pode ter seu escritório de advocacia, um bacharel em letras apto a lecionar com aulas particulares, um fisioterapeuta que pode atender em sua clínica ou a domicílio entre outros casos.
O que se observa, portanto, é que o ensino superior abre um maior leque de oportunidades para pessoas que já tem vocaçao empreendedora, assim como para aqueles que por alguma circunstância específica se colocam frente a uma necessidade de ter seu próprio negócio.
Desde pequeno, ouvimos de nossos pais “vá estudar”, e a frase ecoa em nossas cabeças como sinos insistentes em badalar. Na maioria das vezes, no entanto, nao processamos a real importância dessas palavras.
Na atualidade, esse continua sendo o tema de discussao de grandes veículos de opiniao nacional e, numa recente pesquisa, ficou provado que realmente vale a pena investir na educaçao.
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO SUPERIOR
Diante da crise do desemprego, existe um caminho para o crescimento, esperança, motivaçao e confiança! A resposta é: ALTA TAXA DE EMPREGABILIDADE, ou seja, aquele que possuir elevado nível de competencia, estiver informado do mundo dos negócios, buscar novos conhecimentos e estiver apto a assumir responsabilidades, mudanças, desafios e metas, será um profissional mais preparado para o mercado de trabalho.
Todo esse conjunto de atividades requer um planejamento pessoal e profissional, ou seja, um Projeto de Vida! Um recente estudo revelou que existe uma relaçao direta entre o grau de instruçao e o crescimento de remuneraçao.
As pessoas com maior grau de instruçao apresentam menor taxa de desemprego, principalmente aquelas vinculadas ao ensino superior, diferente daquelas com pouca instruçao que acabam por aceitar qualquer tipo de emprego, até o subemprego. De acordo com os últimos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, do IBGE, fica evidente o crescimento salarial relacionado ao estudo. Somente com uma graduaçao, diploma de um curso superior, seu salário já cresce 168%. Concluindo uma pós-graduaçao, seu salário aproxima-se dos 4 mil reais com mais 51% de aumento.
Esses números comprovam a necessidade de conhecimento e ensino. Isso influencia o aluno, mas numa visao macro, também o seu país. “Essa deficiencia provoca perda de competitividade do país em relaçao a economias com as quais disputa o mercado global. Ou seja, enquanto a educaçao brasileira nao der um salto qualitativo, o país continuará patinando” diz Alberto Rodriguez, especialista em educaçao do Banco Mundial a revista Exame de 27 de setembro de 2006. Entao voce se pergunta, por que o salário baixo?
Novamente a resposta: porque o brasileiro aprende pouco e se interessa pouco. Quem se interessar, estudar, pesquisar e se desenvolver vai ganhar mais, vai se destacar.
TEMPO MÉDIO DE ESTUDO
Nessa mesma matéria, o economista americano Edward Glaeser, professor da Universidade de Harvard e estudioso dos efeitos da educaçao sobre o desenvolvimento das sociedades afirma: “A educaçao é um dos motores do crescimento”.
O brasileiro estuda em média 5 anos, contra 11 do coreano, 9 do argentino e dez da maioria dos paises desenvolvidos. Se o brasileiro estudasse 12 anos como os americanos, a renda nacional seria mais que o dobro da atual.
TAXA DE ANALFABETISMO
Outra questao relevante diz respeito a Taxa de Analfabetismo. Enquanto países como a China e o México tem taxas em torno de 9,0% e 8,0% respectivamente, o Brasil apresenta 13,0%, índice extremamente alto para um país que busca competitividade mundial.
Cabe destacar alguns países com o a Rússia que apresenta 0,5% de analfabetos e o Canadá que erradicou esse problema tendo taxa de 0,0%.
PESQUISA DATAFOLHA
Uma pesquisa realizada pela Datafolha, revela que do perfil acadêmico dos entrevistados: 87% graduaram-se no ensino privado.
A pesquisa levantou dados com 161 executivos em empresas de grande, médio e pequeno porte, selecionadas por região e ramo de atividade para garantir a representatividade da amostra.
Esta pesquisa mostra ainda que, para 24% dos entrevistados, a maior ameaça a carreira é a desatualização.
Sem querer correr esse risco 30% já cursaram Pós-Graduação. Na Grande São Paulo verifica-se que o salário inicial médio de pessoas com formação de curso superior, varia entre R$ 1.375,00 e R$ 2.113,00 (Grande São Paulo). A seguir algumas profissões e salários consultados:
Analista Júnior................................R$ 1.727,00
Analista Econ. – Financ......................R$ 2.957,00
Analista de Sistema Jr....................... R$ 3.465,00
Assistente de Contabilidade.................R$ 2.113,00
Assistente de Exportaçao...................R$ 3.033,00
Chefia de Planej. Contr. Prod...............R$ 5.194,00
Supervisor de Marketing.....................R$ 5.245,00
Supervisor de Vendas........................R$ 4.399,00
Advogado Júnior..............................R$ 3.562,00
Editor Assistente..............................R$ 3.395,00
Enfermeira Hospitalar........................R$ 2.554,00
Engenheiro Civil Júnior......................R$ 2.730,00
Engenheiro Mecânico Júnior................R$ 3.300,00
Engenheiro de Produção....................R$ 4.198,00
Farmaceutico.................................R$ 2.058,00
Fisioterapeuta (hospitalar).................R$ 2.015,00
Psicólogo......................................R$ 1.375,00
Conclui-se entao que a pessoa ao fazer um bom Curso Superior, coloca-se frente a um mercado, cujo salário inicial é em média o triplo do seu investimento em mensalidades e materiais didáticos.
Além disso, existem benefícios adicionais para quem faz um curso superior como o networking, a inclusao social, a possibilidade de abrir um negócio próprio e a preparaçao para a vida de uma forma geral.
NETWORKING
A palavra networking é de origem inglesa, e significa rede de relacionamentos.
Ao fazer uma faculdade o aluno tem como benefício além do conhecimento adquirido, ampliar sua rede de amizades, o que lhe permite ter mais informação sobre o que ocorre em outras empresas tais como novidades de mercado, modernas técnicas de negócios, nível de salários, etc.
Uma pesquisa recente feita em várias universidades brasileiras apresentou entre outras curiosidades um grande número de jovens que acabaram conhecendo seu namorado ou namorada que por fim terminaram em casamentos. Assim, a faculdade acaba transformando vidas não só no campo profissional mas também no aspecto pessoal.
INCLUSÃO SOCIAL
A inclusao social é um processo para a construçao de um novo tipo de sociedade, através de transformaçoes nos ambientes físicos (espaços internos e externos, equipamentos, aparelhos e utensílios mobiliário e meios de transporte) e na mentalidade de todas as pessoas e, portanto, também do próprio portador de necessidades especiais.
Na educaçao, a inclusao destaca-se na oportunidade do acesso ao ensino superior. Algumas instituiçoes de ensino tem dirigido seus programas para isso e, entre as que se destacam, podemos citar a Anhanguera Educacional que tem conseguido equilibrar de forma eficaz a relaçao entre o custo da mensalidade com a qualidade do ensino.
Hoje, devido a esse pioneirismo, inúmeros jovens e adultos tem conseguido seus diplomas de cursos superiores e, com isso, incluir-se em grupos dos quais estavam distantes anteriormente.
NEGÓCIO PRÓPRIO
Por vocaçao natural ou devido as dificuldades financeiras geradas pelo sistema econômico nacional, o negócio próprio é uma maneira que o profissional encontra para garantir uma renda.
Possuir o ensino superior hoje, significa ter conhecimentos suficientes para o futuro empresário ingressar nesse mercado competitivo em um negócio próprio, com possibilidades reais de sucesso.
Como exemplo, temos o médico veterinário que pode abrir sua própria clínica, o advogado que pode ter seu escritório de advocacia, um bacharel em letras apto a lecionar com aulas particulares, um fisioterapeuta que pode atender em sua clínica ou a domicílio entre outros casos.
O que se observa, portanto, é que o ensino superior abre um maior leque de oportunidades para pessoas que já tem vocaçao empreendedora, assim como para aqueles que por alguma circunstância específica se colocam frente a uma necessidade de ter seu próprio negócio.
O gerúndio, o gerundismo e o erro
Fonte: Portal da Veja
Autor: Reinaldo Azevedo
"André Petry assina um texto interessante sobre o uso do gerúndio em português (e a tentativa do governo do DF de bani-lo) e ouve especialistas sobre o assunto. Eles acertam numa coisa óbvia: o nosso “cantando” não é nem mais certo nem mais errado do que o “a cantar” dos portugueses. Faltasse alguma evidência, há Camões em Os Lusíadas: “Cantando espalharei por toda parte/ Se a tanto me ajudar engenho e arte”.
Mas atenção: o gerúndio “cantando” de Camões nada tem a ver com o “vou estar cantando amanha”, expressão do tal “gerundismo”. E alguns especialistas cometem o erro de endossar essa construção, uma estrovenga que entrou na língua. Uma coisa é afirmar que o gerúndio nosso de cada dia — ”estou estudando” — é construçao até mais antiga do que o infinitivo gerundivo lusitano “estou a estudar”. Perfeito. Outra é confundir esse emprego com o vicioso “vou estar estudando”.
A professora Ana Paula Scher, da Universidade de São Paulo, acatando o gerundismo como uma expressão possível, tem uma explicação: "Quando ouvimos isso, interpretamos que não existe nenhum comprometimento, por parte do falante, de que a ação vai ser levada a cabo". Ela é autora de um trabalho sobre o tema junto com a professora Evani Viotti. Segundo Ana Paula, "é uma estratégia adotada por quem não tem poder de decisão".
Com a devida vênia, isso não é gramática, mas chute. Podemos encontrar em qualquer manual razoável quando e como empregamos os tempos do modo indicativo, os do subjuntivo, os dois imperativos e as formas nominais dos verbos. Mas essa explicação para o gerundivo é uma jabuticaba que só floresce no quintal das professoras. Na verdade, é uma besteira. A língua portuguesa já tem o modo da incerteza: o subjuntivo. O da embromação e do trambique é uma invenção de acadêmicos. Se elas estivessem certas, o Brasil teria criado uma nova forma verbal. Não criou. Só popularizou um erro.
Os acadêmicos podem até fazer digressões sobre as estratégias dos falantes e o que eles pretendem quando fazem este ou aquele uso da língua. Daí a considerar a construção uma variante possível da norma culta — como é o “cantando” de Camões — vai uma grande diferença.
O melhor uso
Ademais, o gerúndio é muito mais rico do que isso. Não vou abusar do jargão técnico — os especialistas em gramática saberão do que se trata, e o não-especialista vai entender: um gerúndio pode expressar:
causa – “Estando sem saída, o padre confessou seus pecados”
modo – “Sorrindo, eu pretendo levar a vida”. Cartola, brasileiro, é bem verdade, preferiu escrever “A sorrir, eu pretendo levar a vida...”
condição – “Havendo quem compre droga, haverá oferta.”
concessão – “Sendo corintiano, mentiu que era palmeirense”
Pode também ter um sentido adjetivo: “Encontrei o correria andando de Pajero”
Observem que nem sempre se pode escolher entre o gerúndio e a construção tipicamente portuguesa, com o infinitivo.
O leitor não pode e não deve duvidar de uma coisa: o chamado “gerundismo” é um erro, sim. E, por isso, tem de ser evitado e combatido."
Autor: Reinaldo Azevedo
"André Petry assina um texto interessante sobre o uso do gerúndio em português (e a tentativa do governo do DF de bani-lo) e ouve especialistas sobre o assunto. Eles acertam numa coisa óbvia: o nosso “cantando” não é nem mais certo nem mais errado do que o “a cantar” dos portugueses. Faltasse alguma evidência, há Camões em Os Lusíadas: “Cantando espalharei por toda parte/ Se a tanto me ajudar engenho e arte”.
Mas atenção: o gerúndio “cantando” de Camões nada tem a ver com o “vou estar cantando amanha”, expressão do tal “gerundismo”. E alguns especialistas cometem o erro de endossar essa construção, uma estrovenga que entrou na língua. Uma coisa é afirmar que o gerúndio nosso de cada dia — ”estou estudando” — é construçao até mais antiga do que o infinitivo gerundivo lusitano “estou a estudar”. Perfeito. Outra é confundir esse emprego com o vicioso “vou estar estudando”.
A professora Ana Paula Scher, da Universidade de São Paulo, acatando o gerundismo como uma expressão possível, tem uma explicação: "Quando ouvimos isso, interpretamos que não existe nenhum comprometimento, por parte do falante, de que a ação vai ser levada a cabo". Ela é autora de um trabalho sobre o tema junto com a professora Evani Viotti. Segundo Ana Paula, "é uma estratégia adotada por quem não tem poder de decisão".
Com a devida vênia, isso não é gramática, mas chute. Podemos encontrar em qualquer manual razoável quando e como empregamos os tempos do modo indicativo, os do subjuntivo, os dois imperativos e as formas nominais dos verbos. Mas essa explicação para o gerundivo é uma jabuticaba que só floresce no quintal das professoras. Na verdade, é uma besteira. A língua portuguesa já tem o modo da incerteza: o subjuntivo. O da embromação e do trambique é uma invenção de acadêmicos. Se elas estivessem certas, o Brasil teria criado uma nova forma verbal. Não criou. Só popularizou um erro.
Os acadêmicos podem até fazer digressões sobre as estratégias dos falantes e o que eles pretendem quando fazem este ou aquele uso da língua. Daí a considerar a construção uma variante possível da norma culta — como é o “cantando” de Camões — vai uma grande diferença.
O melhor uso
Ademais, o gerúndio é muito mais rico do que isso. Não vou abusar do jargão técnico — os especialistas em gramática saberão do que se trata, e o não-especialista vai entender: um gerúndio pode expressar:
causa – “Estando sem saída, o padre confessou seus pecados”
modo – “Sorrindo, eu pretendo levar a vida”. Cartola, brasileiro, é bem verdade, preferiu escrever “A sorrir, eu pretendo levar a vida...”
condição – “Havendo quem compre droga, haverá oferta.”
concessão – “Sendo corintiano, mentiu que era palmeirense”
Pode também ter um sentido adjetivo: “Encontrei o correria andando de Pajero”
Observem que nem sempre se pode escolher entre o gerúndio e a construção tipicamente portuguesa, com o infinitivo.
O leitor não pode e não deve duvidar de uma coisa: o chamado “gerundismo” é um erro, sim. E, por isso, tem de ser evitado e combatido."
Assinar:
Postagens (Atom)