segunda-feira, dezembro 04, 2006

Teste de Economia 4

Uma geada ou uma seca que provoque queda na produção de certo bem significa:

(a) um aumento da oferta do bem
(b) uma diminuição da oferta do bem
(c) um aumento da quantidade ofertada do bem
(d) uma diminuição da quantidade ofertada do bem
(e) nenhuma das respostas acima

Teste de Economia 3

Se o preço do açúcar aumenta o que acontece com a demanda de café e adoçante?

(a) a do café aumenta, enquanto que a do adoçante cai
(b) as duas permanecem inalteradas
(c) a demanda de café diminui, mas a do adoçante não muda
(d) a do adoçante aumenta e a de café fica inalterada
(e) as letras (c) e (d) estão corretas

Teste de Economia 2

Num modelo de oferta e demanda, quando a renda dos consumidores aumenta:

(a) o preço cai, sendo o bem normal
(b) o preço sobe, sendo um bem normal
(c) a quantidade cai, sendo um bem inferior
(d) o preço e quantidade caem, tanto para o normal quanto para o inferior
(e) as alternativas b e c estão corretas

Teste de Economia 1

Quando a renda de um indivíduo cai, tudo permanecendo constante, a sua demanda por um bem inferior

(a) aumenta
(b) cai numa proporção igual à queda de sua renda
(c) cai numa proporção maior do que a queda de sua renda
(d) cai numa proporção menor do que a queda de sua renda
(e) permanece inalterada

Chávez e Lula: a pobreza como um novo idealismo

Do Blog de Reinaldo Azevedo:
"Até que a Venezuela continue faturando os petrodólares — e é bom esquecer uma queda no preço do petróleo: não virá — o modelo de Hugo Chávez continua de pé. Isso nos leva a constatar que estamos assistindo à consolidação da ditadura, embora mitigada, na Venezuela. Chávez recorre aos instrumentos da democracia com dois propósitos: 1) engessar o próprio regime democrático; 2) simular a existência de uma disputa eleitoral que é irrelevante. Traduzindo: usa a democracia para solapar o regime. O passo seguinte do líder dito bolivariano, na verdade, já está dado: vai instituir a reeleição sem limites no país. E pode fazê-lo porque dispõe de maioria no Congresso. Aquilo a que se assiste de forma larvar no governo Lula já está bastante desenvolvido na Venezuela: a clivagem eleitoral entre “ricos” e “pobres”, entre “eles” e “nós”, entre “as elites” e o “povo”.
Tanto na Venezuela como no Brasil, a vida dos miseráveis está condenada à eterna reprodução da miséria, porém com alguns caraminguás a mais, garantidos pelo assistencialismo agressivo.
Chávez e Lula, com graus variados, é verdade, de retórica esquerdista, tornaram-se os capitães de uma manifestação perversa, teratológica, do capitalismo. A pobreza se torna uma cultura, manifesta-se como um valor, exercita-se como “pobrismo”. Se, na vertente socialista, os “oprimidos” se organizavam para virar a mesa, fazer a revolução, extinguir as classes, no modelo desses dois líderes — na Venezuela, de forma escancarada; no Brasil, de forma ainda mitigada —, os pobres exercitariam uma espécie de, poderia dizer Tarso Genro, tensão dialética permanente.
Observem que, cada um à sua maneira e segundo o que permite a economia do seu país, Lula e Chávez, a despeito da retórica esquerdopática, a despeito do antiamericanismo (virulento lá, mais suave aqui), a despeito de uma certa contraposição ao capitalismo, são fidelíssimos ao mercado. A Venezuela é pequena perto do Brasil e praticamente não tem mercado de capitais. Assim, o país está a salvo do prenúncio de terremotos econômicos por mais que o coronel estrile. Não é o caso do Brasil. Por aqui, se Lula fizer ou falar muita besteiras, crises futuras são trazidas a preço presente. De qualquer modo, são homens disciplinados, pagadores de suas dívidas. Um conforto só para os tais “mercados”.
Então está tudo certo? Não. Está tudo errado. A Venezuela virou uma monocultura extrativista. No Brasil, os investimentos, como sabemos, são sofríveis. Ocorre que ambos, como dizem alguns sociólogos e filósofos, acordaram o clamor das massas. E eles não tem nada para lhes oferecer além de assistencialismo agressivo e retórica contra as elites. Esse modelo — reitero que a diferença entre ambos, no que concerne à política, é de grau, não de essência — requer a existência permanente de um inimigo a ser combatido. Chávez tem os EUA e, como sabem, a mídia. Lula tinha o passado (o governo FHC, as elites, os tucanos), arma que vai se tornando obsoleta. Não por acaso, o petismo já detectou no horizonte a nova besta a ser combatida: acertou quem chutou a “mídia”.
Daí que vá se dedicar agora a reforçar o que os petistas não têm vergonha nenhuma de chamar de “imprensa independente”. Chávez não vai deixar o poder a não ser que seja colhido por uma grave crise social, motivada pela inviabilidade do modelo. Vai demorar. Lula, não se enganem, prepara-se para fazer o mesmo — e nem precisa estar na cabeça de uma disputa eleitoral. Se existe alguém da oposição que aposte que a fadiga de material trará o poder de bandeja, convém que tire o cavalo da chuva ou bote o burro na sombra. O grande ativo do capitalismo à moda Chávez e à moda Lula são os pobres. Que passaram a ter uma “voz política” para falar em nome da pobreza permanente, tornada um valor, uma metafísica, um novo idealismo."