Impressões sobre o Dia do Professor

Ontem foi Dia do Professor! Agradeço os votos e felicitações... não recebi nenhum... nem da minha mãe. Mas não vou ficar chorando, pois na verdade eu recebi sim, um parabéns. Foi da minha mulher, depois que a lembrei!
Meu presente de Dia do Professor foi corrigir as provas e trabalhos dos alunos. Comecei na tarde de sábado e terminei as 5 da manhã desta segunda-feira. Questão de honra para cumprir os prazos da Faculdade. Honra, café, coca-cola e guaraná em pó tudo junto... não sei não, mas penso que a honra não me fez muito bem... estou me sentindo um pouco zonzo e desnorteado.
Essa tarefa é algo interessante. No conjunto, os alunos formam uma pequena sociedade, com suas falhas e méritos, erros e acertos.
Têm os alunos honestos, batalhadores e que não se desviam um só momento de seu objetivo. Têm aqueles talentosos que fazem tudo com certa preguiça sabendo de antemão da iminência da chegada de mais um 10 para a coleção. Há o sujeito desonesto e preguiçoso, que faz plágio de autores consagrados e imagina que vai levar vantagem sobre o professor, mesmo sabendo que imediatamente coloca a si mesmo em desvantagem com sua vida intelectual e profissional.
Tem gente em pânico e gente zen.
Há a mocinha e o mocinho esforçados. Eu me reconheço nestes.
Lutam linha por linha enquanto escrevem. Conhecem seus limites, mas se dignam em querer superá-los a cada palavra impressa no papel. E adivinhem qual é o tipo de aluno que mais dá trabalho? Aquele que inspirado, talentoso ou esforçado escreve uma pilha de coisas ou o sem caráter que escreve pouco, mesmo assim tentando plagiar outro autor? Sem dúvida é o segundo tipo. Este nos desgasta, pois devemos parar tudo para procurar na Internet a fonte de sua transgressão, sem contar aquela tristeza que aparece lá no fundo do coração. Já o primeiro nos dá prazer e um certo ar de regozijo. Que delícia é ver aquele jovem despertando tudo o que tem de bom dentro de si, amplificando suas idéias e elevando-se para o mundo.